"Fundação"
Após o carnaval de 1947, Sebastião Molequinho, incentivado por Elói Antero Dias, convocou sambistas e dissidentes do Prazer da Serrinha, para uma reunião com o intuito de fundar uma nova escola de samba. O Império Serrano foi fundado em 23 de março de 1947, durante uma reunião na casa de Dona Eulália do Nascimento (irmã de Molequinho) e seu marido José Nascimento, na Rua Balaiada, número 142, no Morro da Serrinha.

Os sócios fundadores da escola foram Sebastião Molequinho, Elói Antero Dias, Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira, Abílio Ferreira da Silva, Alcides de Oliveira, Aniceto Menezes, Antenor Almeida dos Santos, Antenor Rodrigues de Oliveira, Antônio dos Santos (Mestre Fuleiro), Aristides Dias, Augusto Cardoso dos Santos, Carlos da Silva Reis, Clóvis de Oliveira, Hugo Correia de Matos (Mocorongo), Jair Machado, João Gradim, José Nascimento Filho, José Luiz Feliciano, Manoel Antônio Coelho, Mario Avelino Rocha, Mario Feliciano (Manula), Oswaldo Braz de Almeida, Oscarino Luiz dos Santos, Oswaldo Gonçalves, Pedro Francisco Monteiro Junior, Reginaldo Paulino, Ruy Coelho e Zacarias da Silva Avelar.
"Parecia que eles tinham estudado muito, mas não. Aprenderam tudo o que sabiam no sindicato, no Cais do Porto, e levaram as práticas de lá para a escola. Por isso o Império nasceu forte."
-Jorginho do Império, compositor e ex-intérprete do Império; filho de Mano Décio.
O intuito era fundar uma escola de samba sem dono, nem patrono, onde as decisões fossem tomadas de forma democrática, o oposto do que vinha acontecendo no Prazer da Serrinha. Assim ocorreu durante a reunião, onde, através de votações, foram escolhidos o nome, as cores e o símbolo da nova agremiação. Uma eleição foi realizada para definir a primeira diretoria da escola, sendo João Gradim (irmão de Eulália e Molequinho) eleito o primeiro presidente do Império Serrano. Também foi estipulada a cobrança de um valor mensal dos associados para ajudar financeiramente a escola. Tamanha organização tinha inspiração no Sindicato dos Estivadores, do qual fazia parte Mano Elói, Mano Décio, Molequinho, Fuleiro, Aniceto Menezes e José do Nascimento.